9 de junho de 2025
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TSE rejeita doações a campanhas por meio de ‘vaquinhas’ na internet

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta sexta-feira (1º) um pedido para permitir aos candidatos captar doações para suas campanhas eleitorais por meio do “crowdfunding”, sistema de financiamento coletivo pela internet, geralmente usado para bancar trabalhos artísticos, ações de voluntariado, pequenos negócios e reportagens.

Na semana passada, os deputados Alessandro Molon (Rede-RJ) e Daniel Coêlho (PSDB-PE) apresentaram à Corte uma consulta sobre a realização de “vaquinhas” pela rede, possibilidade oferecida por vários sites e aplicativos no Brasil e no exterior.

Por unanimidade, os ministros rejeitaram a ação, por entender que o Congresso deverá legislar sobre o assunto. O presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, explicou que, com a decisão, esse tipo de captação não terá a “legalidade assegurada”, podendo ser contestada.

“Certamente haverá modelos criativos, alguns legais e outros ilegais, mas o tribunal não fez ainda nenhum exercício. Até porque aí muita coisa vai estar associado a conduta futura”, afirmou, em entrevista à imprensa.

A consulta leva em conta a proibição, determinada no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de empresas doarem para candidatos e partidos. A eleição municipal deste ano, portanto, será a primeira em que somente pessoas físicas poderão transferir recursos para pagar as propagandas, eventos e deslocamentos dos candidatos.

No sistema de crowdfunding, porém, contribuições são feitas em geral para uma conta do site que oferece o serviço e, posteriormente, transferidas ao beneficiário. Segundo o ministro, um dos receios é que empresas façam doações por meio de um grupo de pessoas físicas, de modo a disfarçar a origem do dinheiro.

Entenda o que é crowdfunding

O financiamento coletivo funciona quando várias pessoas fazem doações para um projeto sair do papel. Em troca, costumam receber alguma recompensa, como um brinde ou desconto. Mas nem sempre há esse tipo de retorno.

No financiamento coletivo, o projeto é colocado num site, que são as chamadas plataformas de crowdfunding. O dono da ideia explica num vídeo o que pretende fazer e de quanto precisa de dinheiro. As pessoas que se interessam doam qualquer valor.

O autor do projeto coloca metas de arrecadação. Se elas não forem atingidas, o dinheiro é devolvido aos doadores.

A prática de crowdfunding é muito comum nos Estados Unidos e na Europa.

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