9 de junho de 2025
Chicago 12, Melborne City, USA

Mistério sobre piloto e caça da Marinha completa 1 mês

(Foto: Rebeca Nascimento/G1)

Na tarde do dia 26 de julho, dois caças da Marinha do Brasil colidiram nas proximidades de Saquarema. O treinamento de ataque a alvos de superfície, que era rotina para os dois pilotos experientes, terminou de forma inesperada: uma aeronave caiu no mar e desapareceu junto com o piloto a cerca de 44 Km da costa. Um mês depois, apesar da grande mobilização de pessoal e equipamentos da corporação, a frustração das buscas se mistura com a comemoração do Centenário da Aviação Naval, completado no dia 23 de agosto e celebrado nesta sexta-feira (26) na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, onde o piloto desaparecido atuava.

Os últimos 30 dias foram marcados por um trabalho intenso e ininterrupto da Marinha nas buscas. Além disso, comoção social,depoimentos de quem viu os últimos minutos da aeronave no ar, investigações, dúvidas e suposições sobre o destino do caça e do piloto vêm sendo acompanhados. Nesta sexta, em resposta aos questionamentos do G1, a Marinha informou que “as buscas prosseguem de forma contínua e intensa, na área compreendida entre Saquarema e Búzios”.

Em relação ao piltoto que voltou para a base, a Marinha informou nesta sexta que ele foi “submetido a exames de saúde regulamentares e encontra-se aguardando um parecer para a realização de novos voos”.

Pelos olhos dele, o caça desaparecido foi visto entrando “de barriga na água”, como contou o Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, Chefe de Estado Maior do Comando da Força Aeronaval, em entrevista ao G1.

O piloto desaparecido, que não teve o nome divulgado, era instrutor e tinha experiência com missões de ataques a alvos de superfície, a mesma do treinamento praticado durante o acidente. Cada piloto militar passa por uma formação específica durante três anos para pilotar caças. O último ano da formação é feito com a Força Aérea dos Estados Unidos.

Da aeronave AF-1 Skyhawk, até o momento, foram encontrados dois pneus do trem de pouso do caça. Eles foram localizados nas praias de Monte Alto, em Arraial do Cabo, e do Peró, em Cabo Frio, nos dias 28 e 30 de julho. Os locais onde as peças apareceram ampliaram as buscas da corporação, antes focadas no litoral de Saquarema.

A ejeção do piloto ainda é uma dúvida. O piloto que voltou não conseguiu ver se o colega ejetou antes da queda da aeronave. O caça, que era visto nos radares, sumiu no ponto da queda. Ele não tinha equipamento GPS (Sistema de Posicionamento Global), apenas dois equipamentos de localização pessoal do piloto, que não tiveram sinal detectado até o momento. A Marinha diz que “não descarta qualquer possibilidade” em relação à ejeção.

Efetivo de buscas
A operação de buscas conta, desde o dia 26 de julho, com  navios, helicópteros, lanchas e viaturas. Entre eles, dois deles se destacam: os navios de Socorro Submarino “Felinto Perry” e o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”, principais embarcações da Marinha na área de buscas.

Além disso, a operação vem recebendo o apoio de navios cedidos pela Petrobrás especializados em varredura submarina. De acordo com a Marinha, a embarcação fornecida pela Petrobras possui um veículo submarino operado remotamente. O objetivo é que o submarino possa vasculhar o fundo do mar em locais de visibilidade restrita.

A Marinha, que já informou saber o local exato em que a aeronave caiu, também tem pontos específicos possíveis, apontados pelos equipamentos de sonda. Esses pontos são vistoriados por mergulhadores. Nos locais apontados pelas sondas, segundo o Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, o fundo do mar é cheio de sedimentos, o que dificulta a visibilidade.

Na última semana, a Marinha informou que passou a contar também com  um navio pesqueiro especializado em redes de arrasto. O objetivo é localizar vestígios da aeronave.

Fonte: G1

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